quarta-feira, 17 de outubro de 2012


BIOGRAFIA DE AMÉRICO RODRIGUES DE AMORIM, patrono da Escola Municipal Vereador Américo Rodrigues de Amorim, de Itimirim, Coroa Grande, Itaguaí, Rj.

      No ano de 1946, Manoel Pereira de Amorim e sua família visitaram Coroa Grande pela primeira vez. Esta visita foi por recomendação médica, pois na ocasião a saúde do Sr. Manoel Amorim estava um tanto debilitada pela diabete. Tamanha foi a sua alegria em constatar que em poucos dias uma melhora acentuada, que o fez resolver transformar tal visita em uma estada definitiva. 
     Assim foi resolvida a vinda da família para Coroa Grande, e assim chegou Américo Rodrigues de Amorim aos seis anos de idade como morador, que viria mais tarde tornar-se uma pessoa pública política, onde para alegria de seus familiares ter a honra de tornar-se patrono de uma escola municipal por reivindicação da comunidade do bairro. 
     Seus pais eram portugueses que vieram para o Brasil ainda crianças. Aqui adulteceram e fizeram família, que se compunha de: seus pais Manoel Pereira de Amorim e Joaquina Rodrigues de Amorim. Na sua vida estudantil, frequentou o Colégio Piedade (pois Américo nasceu e residiu no Bairro Meier), já em Itaguaí o Liceu São Luiz, mais tarde a Ginásio Municipal de Itaguaí, hoje Luiz Murat. Seu pai, como cidadão austero, conduziu o filho desde a infância sabendo a responsabilidade também com o trabalho. Assim sendo, embora jovem, quase um menino, Américo era responsável por entrega de leite a domicílio e garçom no restaurante da família, antes e depois do horário escolar. Quando estudante, tornou-se através de seu temperamento em líder estudantil. Sempre contestador. Aliás, se sua veia política era legítima, espontânea, ideológica, não podia ser de outra maneira. 
      O Ginásio de Itaguaí funcionou por algum tempo, no prédio do antigo Colégio Cinco de Julho, por falta de alojamento. Foi quando Américo aproveitou a oportunidade do Sr. Daniel Gomes de Brito, proprietário do loteamento daquela região onde hoje se situa o Colégio Luiz Murat, fazer as refeições de final de semana no restaurante RioMar de propriedade do Sr. Amorim (na época era prefeito de Itaguaí o Dr. José Morais Dias). Américo pediu que cedesse terreno para a construção do Ginásio de Itaguaí. 
     Para surpresa do Américo, o Sr. Daniel Gomes de Brito atendeu prontamente. Em agradecimento a este gesto, Américo pediu para ser portador logo após a Prefeitura Municipal de Itaguaí construir o prédio do então Ginásio Municipal de Itaguaí, hoje Colégio Luiz Murat, de um retrato do Sr. Loteador, como homenagem colocado na secretaria daquela casa de educação. Tornando-se adulto, porém ainda jovem, Américo sempre participou de todo movimento político do município. Até que, no ano 1970, a convite do amigo político Vicente Cicarino, candidatou-se e elegeu-se vereador. Até 1982 foram três mandatos. Como Américo respirava política, qualquer detalhe ficou registrado em sua biografia. Assim como: parte de sua vereança, o vereador não era remunerado. A única regalia era a Câmera Municipal possuir um automóvel para servir os vereadores nos dias de seção. Outro fato de grande importância (até por ser o contestador mencionado), Américo não se conformava com o fato da Câmera Municipal atuar em sala cedida pelo Poder Executivo. Que moral teriam para fiscalizá-lo? 
     Assim, Américo sempre falava: o dia que eu for presidente da Câmara construirei o seu prédio próprio, para que haja independência de poderes de fato. Assim foi! Eleito presidente da Câmara Municipal de Itaguaí, Américo liderando seus colegas construiu o prédio almejado, e para sua alegria, sem aumento de dotação orçamentária e sem mexer na rotina da Casa onde periodicamente os vereadores frequentavam congressos por vários estados do Brasil. Só que, para não afetar o grande projeto de construção do prédio, passou a ser feito um estacionamento alternando os vereadores na idas aos congressos.        
     Américo, como político ideológico, nunca se ligou em homenagens, reconhecimento, tanto que só no ano de 1995, quando aquela casa era presidida pelo vereador Enos Lage Bento, foi descerrada uma placa alusiva a construção do prédio da Câmara Municipal de Itaguaí. 
      Paralelo a vida política cidadão Américo amorim, cujos mandatos encerram-se em 1982, mesmo sem pleitear novos mandatos, continuou ativo politicamente, fiel aos seus anseios ideológicos, mas firme na opinião de renovação política legislativa e executiva, dando oportunidade para que os outros ideais se manifestassem. Passou a se dedicar com mais afinco a sua vida extra-política, que sempre foi ativa. Exemplos: Paralelo aos estudos, se dedicou aos afazeres do Bar e Restaurante RioMar Ltda, com entrega domiciliar de leite também na função de garçom. Em seguida, empregou-se na cidade do Rio de Janeiro, na empresa Metrovic do Brasil, empresa inglesa que vendia vagões para a Rede Ferroviária Central do Brasil. 
       O serviço do Américo nesta empresa proporcionou o primeiro contato com jornais. Era responsável em ler todos os jornais e garimpar licitações e concorrências de interesse da empresa. Através deste trabalho forma-se o Lex Jornal, que era encaminhado a muitas empresas por assinatura. Afastou-se da companhia por ocasião do serviço militar. Logo cumprido este dever cívico, retornou ao emprego, mas por pouco tempo. Coroa Grande estava nas suas entranhas! Algum tempo depois voltou novamente a trabalhar no Rio. Desta vez numa firma de eletro-domésticos de grande projeção na época. Tratava-se da Casa Neno de Eletrodoméstico. Nesta firma foi vendedor, gerente e supervisor das grandes filiais do Centro do Rio. Com o dissolvimento desta firma, Américo veio trabalhar no município com seu próprio negócio. Durante bom tempo lidou com terraplanagem e caminhões de aterro. Quando participou ativamente da construção da BR-101 (Rio-Santos). Motivado por esta atividade, fundou em parceria com outro sócio uma empresa mais ou menos do mesmo ramo que foi a Gamatec – Gramagem Técnica e Obras Complementares Ltda. Através desta empresa muito se trabalhou! Foi feito o paisagismo da praça de acesso a ponte Rio-Niterói, em Niterói, paisagismo do antigo aeroporto do Galeão, da Petrobras em Caxias, da Nuclebras em Engenho de Passos, o campo de futebol de Muriqui, Hotel do Frade, e muitos outros projetos em grandes propriedades situados na Costa Verde. Esta empresa se dissolveu e terminou com o falecimento do outro sócio, deixando Américo muito triste. 
      Américo continuou trabalhando com caminhões. Mas como um político nato e grande tribuno, sentia saudade do tempo de mais liberdade e expressão. Assim, em 1985, depois de participação no Jornal Zoom, fundou o Jornal da Gente. O primeiro jornal genuinamente de Itaguaí. Este jornal foi sem dúvida a grande tribuna de sua vida. Em homenagem a este fato, sua esposa Enir Lopes de Amorim assumiu a direção do periódico, após seu falecimento, fazendo com que este mensageiro comunitário prosseguisse no objetivo do seu fundador. Enir, ou Nini Amorim, como é mais conhecida, contraiu núpcias com Américo no ano de 1974, sendo sua companheira até o último instante de vida, ocorrido no dia 19 de outubro de 2000. Sendo filha de Sebastião Lopes Barbosa e Benecta Rodrigues Barbosa, ambos deste município e irmã de mais de dez irmãos, Nini é uma pessoa muito querida e respeitada no ambiente em que vive. Prova deste conceito dedicado ao casal Américo e Enir, foi quando da construção de uma escola municipal no Bairro Itimirim, em Coroa Grande, Itaguaí, onde residia enquanto vivo, e Enir permaneceu na comunidade e manifestou-se através de abaixo assinado reivindicando junto a prefeitura o nome daquele estabelecimento de formação de cidadãos do bem como ESCOLA MUNICIPAL VEREADOR AMÉRICO RODRIGUES DE AMORIM. Assim, prestavam uma homenagem ao homem público, político, honesto e que sempre prestigiou e respeitou o bairro (assim a comunidade justificava o requerimento). Assim também, Américo Amorim gravava seu nome no bairro e município que tanto amou. Américo como patrono da escola de Itimirim.

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